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O IPV: a realização de um sonho ao serviço das vocações no Brasil

17.09.2013

Temos que procurar no clima vocacional, que se criou na Igreja do Brasil depois do Concílio, as raizes remotas do Instituto de Pastoral Vocacional.

Vivíamos uma verdadeira primavera. A CNBB deu um impulso novo a esta pastoral e tomou iniciativas corajosas. Com pontos de chegada significativos: em 1981 foi lançado a todo o Brasil o mês vocacional e em 1983 o 1º Ano vocacional.

Da mesma CNBB, preocupada em acompanhar e qualificar o trabalho vocacional que estava crescendo, veio o convite às Congregações religiosas de carisma vocacional, para se unirem e realizar com mais eficácia um serviço às vocações do Brasil.

 

A pré-história

 

No começo do 1989, Pe. Luís Síveris, então dinâmico Assessor da Linha 1 da CNBB, convocava os Institutos vocacionais para um primeiro encontro. A resposta foi entusiasta. Era, evidentemente, um convite do Senhor da messe para que Institutos diferentes, em nome do carisma específico, realizassem sua missão, com uma nova abertura e colaboração eclesial.

Depois de um primeiro encontro histórico na Sede do Rogate em São Paulo em 1989, seguiram vários outros a um ritmo de dois por ano. Representantes qualificados dos Institutos (normalmente os Provinciais) viviam um dia juntos na oração, no dialogo de fraterna amizade, na partilha das iniciativas, para um conhecimento do carisma e da missão específica de cada Família participante. Só de um conhecimento mais profundo podia crescer  nossa amizade e a capacidade de uma colaboração eficaz.

E foram mesmos estes os efeitos evidentes dos nossos encontros:

-       Uma maior amizade entre nós,

-       O desejo de trabalhar juntos na missão vocacional através de uma colaboração

                fraterna e gratuita,

-       O estimulo a investir mais forças no campo vocacional,

-       A necessidade de uma melhor especialização neste setor, sobretudo por parte

                de nossos jovens religiosos.

No mesmo tempo procurávamos avaliar a situação vocacional do Brasil, suas necessidades, suas urgências e a possibilidade de dar as respostas possíveis e mais adequadas.

Nasceram, neste contesto, as primeiras sugestões e realizações práticas: colaboração mais estreita com a Pastoral da juventude, criação de subsídios vocacionais, assessoria às dioceses para formar Agentes de Pastoral Vocacional.

No 6º Encontro, realizado no Rio de Janeiro, na Casa das Filhas do Divino Zelo nasceu o projeto de realizar vídeos vocacionais O primeiro: “Além das ilusões”, dará origem a uma trilogia de um certo sucesso.

 

O Instituto de Pastoral Vocacional

 

Foi nestes encontros que nasceu o projeto e teve sua realização o Instituto de Pastoral Vocacional.

A primeira proposta foi feita ainda no segundo encontro dos Institutos, realizado no Rio em 3 de novembro de 1989: “Precisaria pensar num Instituto Vocacional”. No começo a ideia nos espantou. Realizar um Instituto em nível de Brasil, com suas estruturas, com o necessário investimento di pessoas, com um inevitável compromissos econômico..., parecia um sonho superior às nossas possibilidades.

Nós mesmos, como Institutos Vocacionais, tínhamos limites numéricos, dificuldade em fazer frente aos muitos compromissos de ministérios e de serviços, a mesma crise vocacional que o Brasil vivia...

A proposta, colocada logo de lado, não morreu. De vez em quando voltava com mais força. Se apresentava como a forma mais adequada para trabalhar juntos e para dar uma resposta eficaz aos pedidos dos nossos bispos e às necessidades dsa Igrejas do Brasil.

Participavam dos nossos encontros e davam aos mesmos uma particular qualificação, os Assessores da CNBB e, com uma presença particularmente significativa e carismática, o bispo auxiliar de São Paulo, Dom Joel Ivo Catapam, missionário reconhecido das vocações, que se tornou grande incentivador do nosso trabalho e, em particular, do futuro Instituto Vocacional.

No 8º Encontro, em 1992, ainda significativamente na sede das Filhas do Divino Zelo de Jacarepaguá, foi tomada finalmente a decisão de criar o IPV e de trabalhar concretamente para uma sua realização.

 

A Fundação

 

Impulsionados pela liderança inteligente e qualificada de Pe. Angelo Mezzari, atual Superior Geral dos Rogacionistas, os trabalhos de preparação iniciaram e prosseguiram com boa vontade e sucesso. Ao mesmo Pe. Angelo o IPV deve muito não só pela sua realização, mas também pelo seu trabalho de vários anos.

Um encontro de Pre-fundação aconteceu aos 15 de março de 1993, em São Paulo no Centro Nacional do Rogate. Participaram os Superiores e as Superioras dos Institutos a carisma vocacional que tinham abraçado esta causa, e que estavam caminhando juntos fazia quatro anos.

Foram discutidos os possíveis estatutos, apresentados em um esboço, e elaborados  os objetivos do IPV, suas possíveis atividades, estruturas, os recursos humanos e econômicos necessários para seu funcionamento.

Foi possível marcar a data de fundação.

E a data ficou histórica: 15 de agosto de 1993, festa de Nossa Senhora da Glória.

Quem participou não pode esquecer: em todos a alegria, a satisfação, a consciência de um “acontecimento profético”, como dizia dom Joel, de um caminho novo pelas nossa Famílias Religiosas.

No centro Rogate participaram da assembleia solene de fundação os dez Institutos fundadores com seus representantes qualificados. Colocamos aqui, pela história, seus nomes: Ir. Paola Toninato do Instituo Rainha dos Apóstolos, Maria de Lourdes, Pe. Fernando Noriega, da Sociedade das Divinas Vocações, Pe. Fernando Noriega da Sociedade dos Missionários dos Santos Apóstolos, Pe Jacinto Pizzetti, dos Rogacionistas, Padre Ricardo Morales, dos Sacerdotes Operários, Ir. Maristella Negrello das Filhas de N.S. da Misericórdia, Ir. Maria Eli Milanez, das Filhas do Divino Zelo, Pe. Primo Telch, da Congregação de Jesus Sacerdote.

Estavam, também, presentes, dom Joel Ivo Catapam, Pe. Manoel Godoy, Assessor da CNBB, Pe. Edênio Valle, Presidente da CRB, mais alguns membros das Congregações Fundadoras.

A Assembleia foi aberta com uma solene Celebração da Palavra. Presidente da Assembleia foi eleita Ir. Eli, Secretário Pe. Noriega. Pe. Mezzari apresentou a ordem do dia: Delibera de Fundação do IPV, aprovação do Estatuto Social, do Regimento do Conselho Superior e da Diretoria Executiva, eleição dos Cargos da nova entidade.

A decisão da fundação foi tomada às 11h55m. Aprovados os Estatutos e Regulamentos foram eleitos os Responsáveis: Presidente do Conselho Superior: Ir. Maria Eli Milanz, Secretário do mesmo conselho: Pe. Fernando, Diretor Presidente: Pe. Mezzari, Secretária: Ir. Maria de Jesus.

Interessante a composição da mesa dos escrutinadores: Dom Joel, Pe. Edênio e Pe. Godoy.

Na parte da tarde a Assembleia continuou seus trabalhos para dar encaminhamento às primeiras atividades do IPV.

Ponto conclusivo, mas significativo e mais precioso, foi a Concelebração, à tarde, na Igreja-catedral da Região Episcopal Santana. Dom Joel presidiu. Muitos religiosos e religiosas participaram, juntos com um grupo significativo de fieis. Um coral de jovens animava os cantos e entoou, numa das primeira esecuções, um canto de sua autoria: “Navegar...”

Dom Joel, na homilia colocava nas mãos de Maria a nova Instituição e exortava os Institutos Fundadores a “assumir, com muita coragem, a caminhada do IPV.

È o que procuramos fazer nestes 20 anos de caminhada.

 



Pe. Angelo Fornari